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Você já imaginou que o sistema de ventilação de uma UTI pode ser tão importante quanto os medicamentos na prevenção de infecções? Pois é exatamente isso que aponta um estudo internacional sobre sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado — o chamado HVAC.
Nos hospitais, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o ar não deve apenas ser confortável, mas controlado, limpo e seguro. Afinal, pacientes críticos têm o sistema imunológico fragilizado e estão mais expostos a infecções hospitalares — muitas delas transmitidas pelo ar.
O sistema HVAC em uma UTI é projetado para realizar várias funções além de climatizar o ambiente: ele regula a umidade, filtra partículas, renova o ar constantemente e evita a recirculação de agentes patogênicos. Isso é essencial para reduzir a disseminação de vírus, bactérias e fungos.
Casos documentados mostram que sistemas de ar mal projetados ou mal mantidos já foram responsáveis por surtos de doenças como tuberculose, SARS, Clostridium difficile e até fungos como o Aspergillus — todos relacionados à má qualidade do ar hospitalar.
Para que o ar seja efetivamente purificado e renovado, o sistema precisa conter:
A pandemia de COVID-19 escancarou a importância da ventilação nos ambientes hospitalares. As recomendações mais recentes da OMS e CDC destacam a necessidade de quartos com pressão negativa, alta taxa de renovação do ar e filtros HEPA para conter aerossóis infecciosos — especialmente durante procedimentos como intubação.
Hospitais modernos já adotam sistemas “inteligentes”, que ajustam automaticamente temperatura, fluxo de ar e filtragem de acordo com o número de ocupantes e a situação clínica. O objetivo é claro: garantir ambientes mais seguros com menor gasto energético — um passo importante para criar hospitais sustentáveis e saudáveis.
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