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Em circunstâncias normais e em situações de emergência, como incêndios ou outra poluição do ar, todos os edifícios residenciais ou comerciais precisam de ventilação adequada para proteger a saúde dos ocupantes. Existem vários tipos de sistemas de ventilação, entretanto, os dois principais sistemas atualmente em uso são ventilação natural e a ventilação forçada, cada qual funcionando de maneiras diferentes. Continue com a gente e veja o que você precisa saber sobre ventilação.
Num significado amplo, ventilar significa deslocar o ar. Na prática, o deslocamento do ar tem como finalidade retirar ou fornecer ar a um ambiente, garantido a qualidade do ar interior. A ventilação consegue controlar, dentro de certos limites (pois não é climatização com ar condicionado), temperatura, umidade ambiente, grau de pureza e velocidade de escoamento compatíveis com as exigências fisiológicas para a saúde e bem-estar humana.
Com ventilação industrial adequadamente projetada, instalada e operada, consegue-se eliminar agentes nocivos à saúde humana, ou no mínimo, uma redução na intensidade e concentração dos agentes contaminantes a níveis de quase total inocuidade. Não visa apenas a atender a condições favoráveis para aqueles que trabalham no interior das indústrias, como também, impedir o lançamento na atmosfera, através de chaminés ou outros recursos, de fumaças, poeiras, gases, vapores e particulados que contaminam o ar, ameaçando a vida da população das vizinhanças e, até mesmo, o eco sistema local.
Dividimos a ventilação, em relação aos recursos, em Ventilação Natural e Ventilação Forçada. Confira.
A Ventilação Natural consiste em proporcionar a entrada e a saída do ar de um ambiente sob uma forma intencional e controlada através de janelas, portas e lanternins, portanto mais ligada na elaboração do projeto de arquitetura.
O uso correto dessa fonte de ar oferece muitos benefícios para o edifício, e a qualidade interna do ar pode ser mantida por meio de trocas contínuas para criar um ambiente saudável e confortável.
Por outro lado, embora não haja outros controles além de simplesmente abrir ou fechar a janela, outra opção geralmente mantém a temperatura ideal.
A Ventilação Forçada é conseguida, mecanicamente, através de ventiladores e divide-se em Ventilação Geral ou Geral Diluidora e Ventilação Local Exaustora.
A Ventilação Geral Diluidora controla a concentração ambiental de calor, gases, vapores e particulados, através da diluição dos contaminantes com uma vazão de ar passando pelo recinto. Para certos produtos químicos, o risco de inflamação ou de explosão é uma consideração da maior importância, quando se realiza um estudo de ventilação por diluição.
A Ventilação Local Exaustora aplica-se a instalações onde existem contaminantes que, por sua alta toxicidade ou pela elevada concentração e quantidade produzida, não podem ser dispersados e diluídos na atmosfera ambiente por um sistema de Ventilação Geral. Aqueles que trabalharem no local, em um tempo maior ou menor, poderão vir a sofrer as consequências em seu organismo da agressividade daqueles vapores, gases, fumos e poeiras produzidos nas operações ou processos industriais.
A solução para evitar que os contaminantes se espalhem no ar consiste em captá-los junto à fonte que os produz, de modo a que não se espalhem pelo recinto e não venham sequer a afetar o operador do equipamento onde são formados.
Atualmente é difícil citar um tipo de indústria ou comércio que não utiliza a ventilação. Um simples gabinete de microcomputador tem lá o seu “ventiladorzinho”, tão importante quanto a placa-mãe ou processador. Normas, leis, portarias e Medicina do Trabalho estão cada vez mais severas. O famoso IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro Globo) tem se tornado um tormento para muitos empresários e um ótimo negócio para outros. O IBUTG é um índice muito utilizado na Medicina do Trabalho para avaliar condições de stress térmico, ou seja, insalubridade quanto ao calor no recinto. Entre as aplicações de ventilação mais usuais, podemos citar:
– Pressurização das escadas de incêndio em edifícios;
– Ventilação para retirada de calor e fumaça de cigarro de auditórios e teatros;
– Ventilação local exaustora em banhos desengraxantes;
– Ventilação em cabines de pintura;
– Exaustão localizada em ensacamentos de grãos e outros produtos em pó;
– Exaustão localizada em moagem e transporte de minérios;
– Exaustão em cozinhas industriais;
– Ventilação intensificada em áreas de aciarias de siderúrgicas;
– Ventilação para retirada de umidade em ambientes com piscina em academias;
– Exaustão de solventes em máquinas de pintura e cura de placas para eletrônica;
– Renovação de ar externo em salas de máquinas para ar condicionado;
– Ventilação para equipamentos que irradiam calor;
– Exaustão em minas;
– Ventilação em estocagem de açúcar e balas, para resfriamento e retirada de umidade antes do empacotamento;
– Ventilação sob o piso de câmaras frigoríficas, para evitar problemas de contração e dilatação do mesmo;
– Ventilação em túneis rodoviários;
– Exaustão, em sala limpa, de fumos de soldas em placas eletrônicas.
Passar um tempo em um ambiente fechado pode ser prejudicial à saúde e reduzir o desempenho dos ocupantes. Neste ponto, um bom sistema de ventilação desempenha um papel importante no controle do nível de poluição no interior de ambientes.
Dúvidas sobre o melhor processo de ventilação do seu ambiente? Entre em contato com um de nossos especialistas!
Escrito por: Eng. Eduardo Bertomeu, consultor técnico Sicflux.
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