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As mudanças climáticas afetam a qualidade do ar e estão mais conectadas do que se imagina. O aumento das temperaturas, as secas extremas e as queimadas intensificam a presença de poluentes no ambiente, afetando diretamente a saúde humana — principalmente em ambientes fechados.
À medida que o clima se torna mais severo, observamos ondas de calor mais intensas, queimadas frequentes e longos períodos de estiagem. Esses eventos elevam a quantidade de partículas em suspensão no ar, como poeira, fuligem e compostos tóxicos, que prejudicam tanto o ambiente externo quanto a qualidade do ar interno (QAI).
Em locais fechados com sistemas de ventilação mecânica, o impacto é ainda maior. Filtros de ar saturam rapidamente, perdem a eficiência e exigem trocas mais frequentes, o que gera riscos à saúde e à eficiência energética dos ambientes.
Diversos poluentes se intensificam com o agravamento climático. Os principais são:
Alguns desses poluentes são conhecidos como poluentes climáticos de vida curta (PCVCs). Eles permanecem pouco tempo na atmosfera, mas têm alto poder de aquecimento global. Reduzir sua emissão pode gerar efeitos positivos em curto prazo — inclusive para a saúde pública.
A má qualidade do ar, agravada pelas mudanças climáticas, está diretamente associada a:
Estudos realizados pela USP e Fiocruz demonstraram que, após exposição prolongada a ar poluído, animais saudáveis apresentaram inflamações respiratórias, redução da defesa pulmonar e até risco aumentado de câncer.
Com a intensificação das queimadas e o aumento da poeira, os sistemas de ventilação precisam trabalhar mais para manter a qualidade do ar. Isso causa:
Por isso, a troca preventiva dos filtros se tornou uma ação essencial durante períodos de seca e poluição.
Leia também: Protegendo o meio ambiente: a importância da filtração industrial correta
Apesar do cenário preocupante, ações coordenadas podem amenizar os impactos:
Estudos da Organização Meteorológica Mundial indicam que a redução dos PCVCs pode diminuir o aquecimento global em até 0,5°C até 2050, além de melhorar significativamente a qualidade do ar nas grandes cidades.
As mudanças climáticas além de impactarem o meio ambiente global afetam diretamente o ar que respiramos todos os dias. Ao compreender essa relação e adotar medidas preventivas, é possível proteger tanto a saúde das pessoas quanto o futuro do planeta. Monitorar a qualidade do ar, investir em tecnologia e reduzir emissões são passos fundamentais para enfrentarmos esse desafio.
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