COVID-19: Lições sobre educação sanitária que tiramos da pandemia

A pandemia da COVID-19 representa um marco lamentável para a história da humanidade, resultando na perda de muitas vidas.

Contudo, a pandemia também representa uma grande mudança no comportamento das pessoas e até mesmo do mercado e da indústria sobre educação sanitária e saúde pública, erguendo várias discussões importantes sobre o assunto.

Afinal, quais são as lições que nós podemos tirar da pandemia do coronavírus para melhorar o debate acerca da educação sanitária?

O que é a educação sanitária?

Alguns hábitos tão rotineiros e simples, como lavar as mãos, escovar os dentes e até tomar banho não seriam tão básicos no nosso cotidiano se não fosse pela educação sanitária.

Essa área ligada diretamente à área da saúde pública evoluiu ao longo de séculos e décadas, se estendendo desde discussões sobre saúde até debates em educação ambiental.

• a educação promove consciência sobre necessidades sanitárias básicas da população;
• auxilia as autoridades a obter melhores resultados em segmentos como o saneamento básico.

Os primeiros educadores sanitários trabalhavam diretamente com a população, de maneira simples e voluntária, até que o Estado começou a propor políticas públicas para tornar estas questões mais sérias.

• projetos de coleta seletiva do lixo surgiram com essas políticas públicas;
• campanhas de incentivo à vacinação para erradicar doenças como sarampo;
• melhoria nos sistemas de saneamento básico nas regiões mais pobres do país.

Dentro das ações da educação sanitária, entra o trabalho da vigilância sanitária e da vigilância ambiental, e as três trabalham de maneira interdependente.

Crise sanitária e a pandemia

A pandemia do coronavírus pegou a todos nós desprevenidos, e exigiu grandes ações dos governos, como direcionamento de verbas em grande escala para contenção de danos e ações na saúde pública.

Nesse sentido, a pandemia nos trouxe a necessidade da criação de um plano de saúde pública e educação sanitária pensado a longo prazo e que entenda as ligações diretas entre saneamento básico e questões sociais, culturais e econômicas.

Os problemas enfrentados durante a pandemia trouxeram à tona a necessidade de transformação nos moldes da saúde, do sistema público e privado, para conter e lidar com crises sanitárias, juntamente com o governo.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde, o SUS, mostrou grande eficiência para contornar as situações-problema causadas pela COVID-19 – mesmo com o seu sucateamento. E isso se fez não só nos hospitais, mas no tratamento do saneamento básico.

COVID-19 e educação sanitária

É fato afirmar que a pandemia da COVID-19 poderia ter sido enfrentada de maneira mais eficiente se fossem concentrados esforços dos governos do mundo todo para endossar discussões acerca da educação sanitária e saúde pública.

• incentivo ao uso de máscaras;
• campanhas de vacinação;
• quarentena reforçada.

Algumas medidas simples, mas extremamente importantes, seriam suficientes para contenção de danos causados pela pandemia. Essas medidas são resultado de décadas de estudo e discussão na área da educação sanitária para promover a melhor qualidade de vida para a população.

Em memória dos que se foram com a pandemia, podemos comemorar o alívio no cenário dessa crise sanitária, com o avanço dos estudos sobre vacinas para combater o coronavírus.

Com essa freada no avanço dos casos de infecção e morte pela doença, ficamos com algumas lições sobre educação sanitária para levar para a vida no pós-pandemia.

Quarentena e etiqueta respiratória

O que não era comum antes e pode ser tendência em alguns países agora é a quarentena e uso de máscaras em casos de algumas doenças respiratórias além da COVID-19, como a gripe, além de algumas ações simples que fazem toda a diferença quando se trata de saúde.

• cobrir boca e nariz ao espirrar e tossir viraram regras unânimes e silenciosas após o estouro da pandemia;
• manter distância de 1m ou mais de alguém que apresenta sintomas respiratórios;
• usar máscara até mesmo quando estiver com sintomas leves de gripe ou resfriado também pode se tornar um hábito comum.

Mesmo com campanhas anuais de vacinação contra a gripe, emerge no cenário mundial discussões sobre a adoção do distanciamento social quando as pessoas ficarem doentes, evitando, assim, comprometer a saúde de quem convive com elas.

Higienização das mãos

Nos últimos dois anos, muito se falou sobre a higienização das mãos, uma medida isolada que parece ser muito básica.

Contudo, é comum agora, no pós-pandemia, ouvir sobre como as pessoas criaram o hábito de higienizar as mãos várias vezes ao longo do dia, seja através de uma lavagem completa, daquelas que levam alguns minutos, ou até mesmo mantendo um frasco de álcool em gel por perto.

Vírus e bactérias podem ser transmitidos de uma superfície para outra, por meio de objetos e mãos contaminadas. Por isso tornou-se tão essencial uma medida que, antes, parecia tão simples.

Garantir uma boa ventilação em ambientes fechados

Além de algumas ações individuais para garantir a preservação da saúde de quem convive com a gente, existem medidas que podem ser tomadas de maneira coletiva para um bem maior.

Garantir uma boa ventilação do ar, principalmente em ambientes fechados e com circulação de muitas pessoas todos os dias, pode evitar o acúmulo de vírus, bactérias, fungos e alguns poluentes que são extremamente prejudiciais para a nossa saúde, a curto e longo prazo.

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