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    Por que os EUA querem proibir o uso de fogões a gás?

    Entenda o que preocupa o governo Biden com relação aos fogões clássicos. 

    A discussão sobre o impacto dos fogões a gás na saúde e no meio ambiente tem se intensificado nos Estados Unidos. O tema tem, inclusive, levantado discussões a respeito de uma possível proibição do uso de gás de cozinha no país.  

    Um relatório do governo Biden destacou a relação entre a poluição gerada por esses fogões e a incidência de asma em crianças, despertando inquietações e gerando debates acalorados nas redes sociais. 

    Em nosso conteúdo de hoje, saiba quais são as principais preocupações, por que o uso clássico dos fogões a gás preocupa não só os americanos e qual o cenário acerca deste assunto em outros cantos do mundo. 

    Vamos lá? 

    Fogão a gás faz mal à saúde? 

    Pensar que o uso do fogão a gás pode estar prejudicando a saúde da sua família é uma preocupação de poucas pessoas. No entanto, há alguns anos, descobriu-se que o uso deste tipo de dispositivo para cozinha pode trazer alguns malefícios. 

    Especialistas apontam que os danos à saúde estão relacionados à liberação de dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono durante a queima do gás, especialmente quando os equipamentos estão desregulados.  

    Outros estudos, mencionados no relatório da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC), indicam que o metano continua sendo liberado mesmo quando o fogão está desligado. Esses poluentes podem causar irritações nos brônquios e danos aos tecidos do sistema respiratório, agravando doenças como a asma. 

    Apesar disso, é importante destacar que as condições e os hábitos de uso dos fogões podem variar entre os Estados Unidos e o Brasil, por exemplo. No contexto brasileiro, onde os espaços são mais ventilados, os riscos podem ser minimizados. Ainda assim, o país enfrenta o desafio de superar o uso de lenha na cozinha, agravado pelo aumento da pobreza. Cerca de um terço da população mundial ainda utiliza a queima de biomassa para a cocção de alimentos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

    Quais são as alternativas ao uso do fogão a gás? 

    Diante desse cenário, oferecer alternativas viáveis à população antes de reduzir a exposição ao gás de cozinha é fundamental.  

    No Brasil, por exemplo, a ampliação do uso de gás liquefeito de petróleo (GLP) dos botijões e do gás encanado é apontada como um próximo passo necessário. Infelizmente, apenas cerca de 4% dos domicílios brasileiros possuem acesso à rede de gás encanado, conforme dados da Associação das Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).  

    Para promover essa transição, são necessárias políticas que abordem questões como emprego, renda e proteção social. 

    Marcelo Mendonça, diretor de estratégia e mercado da Abegás, destaca que o gás natural é uma opção segura e contribui para a redução de emissões. Ele argumenta que o Brasil precisa passar por uma transição energética, utilizando gás natural nos equipamentos, antes de considerar a substituição total do gás por energia elétrica. A geração de eletricidade por meio de fontes “sujas”, como termelétricas a carvão ou óleo combustível, poderia resultar em uma matriz energética menos sustentável. 

    Os EUA vão proibir o uso de fogão a gás? 

    Todas essas preocupações levaram a Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA a considerar a proibição de novos fogões a gás e a abrir uma consulta pública sobre os perigos representados por esses aparelhos.  

    Além disso, opções como estabelecer padrões para as emissões dos fogões também estão sendo consideradas. No Reino Unido, por exemplo, até 2025, nenhuma nova casa será construída com aquecimento de combustível fóssil, e a substituição de fogões a gás por fogões de indução será incentivada pelo governo dos EUA, por meio da Lei de Redução da Inflação do presidente Joe Biden, oferecendo subsídios para as famílias que realizarem essa troca. 

    Em suma, a preocupação com o impacto dos fogões a gás na qualidade do ar interno e no meio ambiente tem motivado a busca por alternativas mais seguras e sustentáveis, como os fogões de indução, e é impulsionada pelas preocupações com a saúde respiratória e a redução das emissões de gases poluentes.  

    É fundamental ainda, no entanto, considerar as particularidades de cada país e desenvolver políticas que levem em conta fatores como renda, matriz energética e acesso a opções mais adequadas, visando garantir uma transição gradual e equitativa para tecnologias mais limpas e saudáveis. 

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