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    A problemática da qualidade do ar interior em edifícios escolares

    Sabe-se que um grupo particularmente sensível à poluição do ar interior são as crianças. Tendo em conta que as crianças pequenas passam cerca de 30% do seu dia na escola, torna-se pertinente e necessária a atenção para a problemática da qualidade do ar interior em edifícios escolares.

    A OMS (2009) aponta as razões pelas quais a poluição do ar é mais perigosa para as crianças do que para os adultos, são elas: 
    – Respiram maior volume de ar por unidade de peso corporal; 
    – Têm comportamentos que as colocam em risco de maior contato com os poluentes ambientais;
    – Passam mais tempo no interior dos edifícios;
    – Pulmões imaturos e tecidos não totalmente desenvolvidos;
    – Não controlam os ambientes que ocupam. 

    Muitos estudos sugerem que os edifícios escolares apresentam uma pobre QAI, devido essencialmente: 
    – Ao funcionamento e manutenção inadequados das instalações, devido à falta de financiamento (Mendell et al., 2005; EPA, 2009);
    – À ventilação inadequada na maioria das salas de aula;
    – Taxa de ocupação elevadas;
    – Além dos fatores referidos, acrescentam-se a má qualidade das construções, os inadequados processos de limpeza e a existência de humidades, bem como as atividades escolares que, ao nível do ensino pré-escolar, implicam a existência de uma série de mobiliário, material didático e utilização de produtos para o desenvolvimento de trabalhos manuais (ex. tintas e colas), que podem representar potenciais fontes de poluentes do ar interior.

    Estrutura dos jardins de infância 

    Escolas e jardins de infância são espaços com características próprias, e garantir condições saudáveis ​​é fundamental para o aprendizado e o bem-estar. No entanto, os novos padrões de construção e o foco atual na redução dos custos de energia são aplicáveis ​​a todos os tipos de edifícios, promovendo o surgimento de edifícios mais vedados e reduzindo as taxas de ventilação.

    Como consequência, essas instituições geralmente apresentam problemas relacionados à má qualidade do edifício, pouca ventilação, umidade, procedimentos de limpeza inadequados e superlotação das salas, o que leva a uma baixa qualidade do ar. Essa situação pode causar diversos problemas de saúde e afetar o conforto, a concentração e o desempenho de crianças e profissionais. 

    Poluição do ar em ambientes internos

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a contribuição de vários fatores de risco para o desenvolvimento de doenças e determinou que a poluição do ar interno é o oitavo fator de risco mais importante, respondendo por 2,7% de todos os casos de doenças no mundo.

    Quando falamos em qualidade do ar em jardins de infância, a preocupação apenas aumenta, afinal, estamos falando de diversas crianças pequenas em um mesmo ambiente.

    Neste contexto, foi realizado um estudo para caracterizar a problemática da qualidade do ar interior em edifícios escolares de nove salas de aula em jardins de infância em quatro diferentes tipos de edifícios (centenários e recentes) localizados na cidade de Maia. Estes apresentam o mesmo tipo de atividades e os mesmos objetivos pedagógicos, dado que as crianças se encontram na faixa etária dos 3 aos 5 anos, e foram monitorizadas nove salas de aula durante o horário escolar, incluindo intervalos. 

    O estudo

    Neste estudo foram monitorados os parâmetros ambientais, ou seja, dióxido de carbono, monóxido de carbono, partículas suspensas, compostos orgânicos voláteis totais, bactérias, fungos, temperatura, umidade relativa e velocidade do vento, e análise dos fatores que fazem com que eles mudem ao longo do dia.

    O estudo teve ainda como objetivos: 
    – Monitorizar os parâmetros ambientais que afetam a qualidade do ar interior, nomeadamente, dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), partículas em suspensão no ar (PM10), compostos orgânicos voláteis totais (COVT), microrganismos viáveis, temperatura do ar (ta), umidade relativa (HR) e velocidade do ar (var) nos jardins-de-infância (JI) durante todo o horário escolar;
    – Identificar e analisar os fatores responsáveis pelas variações dos diferentes parâmetros ambientais ao longo do horário escolar;
    – Analisar a influência das atividades escolares nas concentrações de COVT;
    – Caracterizar a qualidade microbiológica do ar interior, procedendo à quantificação de microrganismos mesófilos totais a 37ºC, bactérias Gram positivas, bactérias Gram negativas e quantificação e identificação de fungos;
    – Comparar os resultados relativos aos parâmetros ambientais entre os diferentes tipos de construção; 
    – Propor medidas corretivas e/ou preventivas que minimizem ou eliminem a exposição a poluentes do ar interior. 

    Resultado do estudo da qualidade do ar em jardins de infância 

    A problemática da qualidade do ar interior em edifícios escolares

    Em 90% das salas de aula avaliadas, a concentração média de dióxido de carbono ultrapassou o limite recomendado pela legislação portuguesa (984 ppm), sendo que, com exceção da sala de aula JI-A, todos os espaços de avaliação tiveram uma diferença superior a 700 ppm, interno e externo. 

    De maneira geral, os resultados obtidos mostram que a ventilação insuficiente é a causa do acúmulo de poluentes do ar interno em todos os locais avaliados. No entanto, atividades vocacionais e escolares também foram identificadas como determinantes da qualidade do ar interno. Durante os períodos de maior ocupação, a concentração de dióxido de carbono e partículas transportadas pelo ar é maior. Altas concentrações de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas foram detectadas em jardins de infância recentes, indicando que o espaço está muito lotado e com ventilação insuficiente.

    Como podemos ver até aqui, um ambiente escolar saudável reduz os riscos para a saúde e contribui para um melhor desempenho escolar. O aumento da taxa de ventilação e a conscientização dos ocupantes são as principais regras para melhorar a qualidade do ar interno de tais edifícios.

    Vale lembrar que muitas escolas que possuem aparelho de ar condicionado do tipo SPLIT em salas de aula são as que exigem maior atenção. Isso porque, sozinho, ele não consegue renovar o ar no ambiente – o que é extremamente preocupante em tempos de pandemia. Nesses casos, é recomendado a correção e adequação dos sistemas de climatização existentes.

    Se o seu jardim de infância ainda não se adequou a essa nova realidade, é hora de pensar em estratégias para melhorar a qualidade do ar e a segurança dos alunos em sala de aula.

    A solução recomendada da Sicflux para salas de aula que contam com equipamentos do tipo SPLIT é a instalação de sistemas de renovação e filtragem do ar adequados, conforme normas técnicas e legislação do país, para utilização de equipamentos de purificação que são insufladores para tomada de ar externo com filtros de alta eficiência, como a linha de produtos FH e GFR, com baixo consumo de energia e super silenciosos.

    Além disso, a Sicflux oferece ainda cursos e palestras voltadas à qualidade do ar interno, destacando a importância da renovação, assim como as principais causas e efeitos dos ambientes sem a renovação adequada. Quer ficar por dentro de todas as tendências de renovação do ar e manter a saúde do seu espaço?

    Entre em contato conosco e vamos conversar!

    FONTE:
    www.repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/58949/1/000144993.pdf

    Este conteúdo foi uma colaboração de:

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