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    Poluição do ar e fumaça das queimadas: seu impacto no corpo humano

    Com o aumento das queimadas em diversas regiões do Brasil, a qualidade do ar tem se tornado uma preocupação urgente. A fumaça resultante dos incêndios florestais vai muito além do incômodo visual e da tosse ocasional. Segundo especialistas, seus efeitos no organismo podem ser duradouros — e, em alguns casos, até permanentes.

    Quais os principais danos causados pela fumaça?

    A fumaça das queimadas contém uma mistura de gases tóxicos e partículas finas (como o PM2.5), que penetram profundamente nos pulmões e até na corrente sanguínea. Esses poluentes estão associados a:

    • Doenças respiratórias como asma, bronquite e DPOC.
    • Problemas cardiovasculares, como infartos e derrames.
    • Comprometimento da função renal e hepática.
    • Inflamações sistêmicas que afetam o sistema imunológico.

    Impactos no cérebro e no desenvolvimento neurológico

    Estudos recentes apontam que a exposição contínua à fumaça pode afetar o sistema nervoso central. As partículas inaladas alcançam o cérebro por meio do sangue ou do nervo olfativo. Isso pode:

    • Danificar neurônios e sinapses.
    • Afetar a memória e a concentração.
    • Aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
    • Estar relacionado a transtornos como TDAH e autismo em fetos expostos durante a gestação.

    Crianças e idosos: os mais vulneráveis

    Grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades, são os mais afetados. Em períodos de intensa poluição do ar, aumentam as internações por problemas respiratórios e as emergências hospitalares.

    Os danos podem ser permanentes?

    Sim. Pesquisas em animais e populações expostas mostram que os efeitos da fumaça podem persistir por anos. A função pulmonar pode se deteriorar gradualmente e o sistema imunológico pode sofrer alterações de longo prazo.

    Além disso, a composição da fumaça varia conforme o material queimado, o que torna seus efeitos ainda mais imprevisíveis. Queimadas que envolvem áreas urbanas, com plástico e produtos químicos, liberam toxinas ainda mais agressivas.

    E como se proteger?

    • Evite atividades ao ar livre durante picos de poluição.
    • Use máscaras PFF2 ou similares.
    • Mantenha janelas fechadas e utilize purificadores de ar, se possível.
    • Hidrate-se bem e procure atendimento médico ao menor sinal de dificuldade respiratória.

    Conclusão

    Os efeitos da fumaça das queimadas vão muito além do desconforto respiratório momentâneo. Trata-se de um problema de saúde pública com consequências graves e, em alguns casos, irreversíveis. Proteger-se da exposição, especialmente durante períodos de alta poluição, é essencial. Investir em políticas de prevenção de incêndios e em alertas de qualidade do ar pode salvar vidas e reduzir danos à saúde a longo prazo.

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