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    Os riscos que as mudanças climáticas representam à saúde humana

    Nos últimos anos, as mudanças climáticas extremas ceifaram as vidas de seres humanos e animais. Essas mudanças representam ameaças às condições ideais de vida na Terra e desestabilizam a segurança alimentar da população, já que fenômenos decorrentes da poluição afetam os animais e as plantas.

    Em um novo relatório, a Organização Mundial da Saúde – a OMS – destacou que esses fenômenos climáticos se tornaram uma emergência e uma das questões de saúde pública mais urgentes que a população já enfrentou. Isso porque esses fenômenos atingem os animais e corpos de água, facilitando a transmissão de doenças e decaindo a qualidade dos alimentos.

    Além disso, a própria poluição do ar afeta diretamente a saúde humana quando em contato com o nosso organismo. Entenda a seguir os impactos negativos da poluição e das mudanças climáticas para a saúde humana, bem como os desafios para nos adaptarmos a esses fenômenos e as possibilidades para combatê-los.

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    Como as mudanças climáticas afetam a nossa saúde?

    De acordo com o Relatório Especial COP26 da OMS, o número de pesquisas e estudos que ligam as mudanças climáticas e a saúde humana cresceram nos últimos anos, tornando-se um tópico preocupante e urgente para ser tratado pelas autoridades.

    Esse relatório descreve como as ações transformadoras em todos os setores, como energia, transporte, natureza e alimentar, são necessárias para combater as mudanças climáticas decorrente da poluição do planeta e para proteger a saúde das pessoas, que corre grande risco diante destes fenômenos. Entenda a seguir como a população está ameaçada diante das mudanças climáticas.

    1. Maior risco de transmissão de doenças por vetores e pela água

    As mudanças climáticas estão aumentando e redistribuindo os habitats naturais de insetos como mosquitos e outros patógenos que transmitem doenças – que estavam controladas até poucos anos atrás. Para ter uma noção da gravidade dessa situação, esses patógenos podem levar doenças até comunidades que nunca tiveram contato com elas antes.

    Uma pesquisa recente prevê que, caso as autoridades não intervenham e implementem ações transformadoras, 51,3 milhões de pessoas na África Ocidental estarão expostas à malária até 2050, devido às mudanças climáticas. Isso diz respeito a comunidades que antes nunca tiveram contato com essa doença.

    As mudanças climáticas relacionadas a mudanças na qualidade da água, padrões de precipitação e escassez também podem acarretar – ou até piorar – na ocorrência de doenças em um país. Em Gana, por exemplo, a população enfrenta epidemias de cólera, diarreia, meningite e malária, justamente porque o aumento no nível dos corpos de água contaminam o sistema de saneamento das comunidades.

    2. Ameaças aos meios de subsistência

    As temperaturas mais altas e fenômenos climáticos como chuvas intensas, tempestades, ciclones, enchentes e deslizamentos podem apresentar grandes riscos à integridade física das pessoas, causando ferimentos e contaminação dos corpos de água, gerando até mesmo transtornos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.

    Além disso, dias de calor intenso interferem diretamente no desempenho dos trabalhadores e ocasiona a queda na produtividade destes, também afetando a rotina e dificultando a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos. Um ambiente muito quente impossibilita a transpiração do corpo humano e pode levar à hipertermia e até à morte.

    3. Maiores riscos à população vulnerável social e economicamente

    Definitivamente, a parcela da população que mais sente os efeitos das mudanças climáticas são os grupos mais vulneráveis no sentido social e econômico. Grupos marginalizados como os pobres, pessoas com deficiência, mulheres, idosos e crianças não recebem o suporte necessário de entidades governamentais – isso no mundo todo, não apenas no Brasil – para sobreviver aos fenômenos climáticos.

    Dessa forma, esses grupos mais vulneráveis continuarão sofrendo ainda mais com esses eventos, principalmente com as consequências deles para a saúde.

    Os desafios da população para adaptar-se às mudanças climáticas

    Os principais desafios para lidar com essas mudanças climáticas referem-se às verbas e ações desenvolvidas pelas autoridades diante da população. Embora autoridades e entidades ambientais e da saúde vejam a conexão, muitos governantes ainda não entendem a ligação entre as mudanças climáticas e a saúde pública, o que dificulta ainda mais o diálogo.

    Essas brechas no conhecimento levam à adoção de políticas inconsistentes e à falta de reflexão e planejamento de atividades para adaptação nos orçamentos da saúde. Além disso, muitos países apresentam um planejamento inadequado das verbas destinadas a implementar medidas de adaptação.

    Mudanças frequentes na administração e gestão dos países, estados e cidades também podem dificultar a consistência na quantidade de recursos públicos destinados à adaptação no setor da saúde. Em um estudo recente sobre 100 países, a ONU – Organização das Nações Unidas – revelou que apenas 1 em cada 5 país tem investido e destinado verbas para implantar compromissos climáticos em relação à saúde pública.

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    Como os governantes podem adaptar as políticas para proteger a população das mudanças climáticas?

    Embora seja difícil provar a correlação das mudanças climáticas com problemas na saúde pública e identificar e reduzir os riscos climáticos, essa lacuna no conhecimento não deve ser impedimento para a implementação de ações redutoras de danos e de adaptação da população.

    Os governos podem avaliar as possibilidades e estabelecer políticas públicas e mecanismos de colaboração para oferecer apoio e orientação à população. Daqui para frente, algumas das prioridades dos governantes devem ser:

    • colocar a saúde e a justiça social no centro das discussões e assegurar que a COP26 se torne a COP da Saúde;
    • destinar verbas à construção de sistemas de saúde resilientes e adaptáveis ao clima;
    • adotar e garantir o uso de energias renováveis para diminuir os impactos da produção de energia no meio-ambiente;
    • investir em estudos e políticas públicas para preservação e restauração de ecossistemas afetados pelas mudanças climáticas.

    Os apoiadores das causas relacionadas à saúde e ao clima devem reunir forças com a população e disseminar informações para conscientizar os cidadãos. Quanto aos governos, as ações de adaptação e superação das mudanças climáticas devem superar os desafios econômicos.

    Nós fazemos a nossa parte!

    A Sicflux prioriza um trabalho ecológico e limpo na hora de desenvolver as melhores soluções para proteger a saúde das pessoas contra a poluição e os efeitos das mudanças climáticas.

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